terça-feira, 8 de setembro de 2009

Jornalismo: um vício no bom sentido

É muito comum ouvirmos a frase: “sou viciado em jornalismo”. De fato, esta profissão vicia, mas o mais incrível desta profissão é que o leque para um jornalista é muito grande. Tão grande que às vezes perdemos tempo, dinheiro e o melhor: momentos de lazer ampliados, quando nos sujeitamos a prestar nosso serviço em quantidade e qualidade para quem não nos remunera à altura.
Sou jornalista diplomada. Hoje, esta condição de portadora de diploma pode não fazer diferença, mas graças ao meu diploma me encontro numa situação bastante confortável no que se refere a manter minha independência financeira. Trabalhei em diversas empresas, para as quais meu currículo fez diferença e, por isso, posso mantê-lo em um quadro na parede com muito orgulho.
Mas e para aqueles que acabaram de pegar o diploma, com muito sacrifício, e chegaram à triste conclusão de que poderiam ter se “aventurado” na arte de escrever sem ser diplomado. Lá se foram anos de estudo que, com certeza, os privaram de muitos momentos de lazer e, pior ainda, de boa parte do salário (se não quase todo).
Ficou claro que os ministros do STF votaram pelo direito à livre expressão do pensamento, o que não tem nada a ver com diploma. Como li recentemente “a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista tem tanto a ver com o direito à livre expressão do pensamento quanto a exigência de Carteira Nacional de Habilitação com o direito constitucional de ir e vir”. Se fosse assim, qualquer um pode sair dirigindo sem carta pelo simples fato de ter o direito de ir e vir, não é mesmo?
Mas, opiniões à parte, o que importa mesmo é que aqueles que amam a profissão de jornalista acabam viciando nela. No bom sentido, é claro!

Marisa De Lucia

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